SISTEMA DE CAOS
Nas piruetas de cada desmando
O Sistema pilotado por mãos de ferro
Corpos sem coração,
Olhos sem nenhuma contemplação,
Que vislumbram tudo do alto,
Enquanto por baixo tecem o cânhamo
Para o povo e… nos presídios,
O ódio é a disciplina e é alimentado.
Revólveres são sempre engatilhados
Por inocentes que auto declaram-se réus confessos.
E o quanto apanharam, sangraram e pediram temerosos
A morte sem seus cubículos?…
Enquanto milhões são torrados
Em nome da honra, da religião de todo conceito?!
Transeuntes de bem se encontram enclausurados
Em seus templos sagrados! Profanos?
Enquanto leis promovem e levantam o caos.
Criadas por homens falhos, por tantos escolhidos,
Reverenciados e… pasmem! Endeusados?
Que acha você de mudar essa situação?
Pense com cuidado… ainda é tempo!
Não, não quero um levante armado…
Mas, até quando viverás de indignação e de omissão?
De subserviência e medo extremos?
De braços cruzados… e mudos?
Quero crer não sejas covarde… mas pacífico!
Estou enganado!!??…
Cláudio Dortas Araújo – estanciano e autor dos livros de poesias Horizontes de Liberdade e Fé (1999), Estrada de Infinito e Paz (2001) e Alumbramentos D’Alma (2010). É sócio-fundador do Clube de Poetas Estancianos.