TCU adia decisão sobre privatização da Eletrobras, o que pode inviabilizar operação
Com o pedido de vistas do ministro do TCU Vital do Rego, que pediu mais esclarecimentos sobre o preço da Eletrobras, que, segundo ele, não estaria de acordo com o mercado, o Tribunal de Contas da União (TCU) adiou, na quarta-feira (20 de abril), por pelo menos 20 dias a decisão final sobre a privatização da Eletrobras, num ato que mexe nos planos do governo de privatizar a empresa no primeiro semestre deste ano.
Para integrantes do Executivo, o adiamento dificulta a privatização em 2022, mas ainda não a inviabiliza. No entanto, a decisão do TCU afasta a chance da privatização da empresa no primeiro semestre deste ano, deixando a operação para o fim de julho ou início de agosto, um período mais turbulento nos mercados. No mercado, a avaliação também é que o prazo tende a afastar investidores estrangeiros.
Segundo informações do O Globo, no Ministério da Economia e no BNDES, a avaliação é que a operação nesse período será bastante complexa. Assim, o governo vinha dizendo que a última janela para capitalização era o dia 13 de maio.
O fim de julho e começo de agosto é um período muito próximo das eleições presidenciais, tradicionalmente marcado por forte volatilidade no mercado de ações. Além disso, grandes fundos internacionais não costumam fazer aportes em capitalizações no segundo semestre, quando é férias no Hemisfério Norte.
O TCU avaliou a precificação das usinas hidrelétricas da Eletrobras. Agora, a corte analisava a operação em si, como o preço mínimo das ações. O pedido de vista foi feito pelo ministro Vital do Rêgo, como ele mesmo já havia anunciado.
(Com informações do site da FNU)