Trabalhadores da DESO lançados à própria sorte
Falta de segurança ronda a vida dos companheiros, da Capital ao Interior, onde faltam condições de segurança no trabalho e vigias nos locais mais afastados, como nas Estações
Em 2008, a morte de dois trabalhadores chocou a todos os funcionários da DESO. O SINDISAN vem denunciando há muitos anos as péssimas condições de segurança a que os trabalhadores são submetidos. Porém, o que se vê é um completo descaso.
A primeira morte foi do funcionário da Companhia, José Adriano do Nascimento, 38 anos, que morreu enquanto trabalhava no município de Japoatã, localizado a 94 km de Aracaju. Adriano tentava encontrar um cano da DESO dentro de uma vala, para fazer reparos quando, um barranco despencou por cima dele. O SINDISAN, desde então, vem cobrando da DESO a compra de equipamentos de escoramento.
A segunda fatalidade ocorreu com Rivaldo Alves de Oliveira, na Área 900, em Feira Nova. Rivaldo foi abordado por marginais, que o amarraram, pegaram seus pertences, inclusive a moto utilizada para o transporte de casa para o trabalho. E como se não bastasse, assassinaram o trabalhador.
Situações como essa podem ocorrer com vários trabalhadores abandonados pela DESO em vários locais pelo Estado. O SINDISAN já cobrou da Empresa a contratação de vigilantes, mas até então, nada foi feito.
No começo do mês, o companheiro Agnelo foi assaltado dentro da ETA de Boquim, levaram seu dinheiro e alguns pertences. Fica a pergunta: até quando os trabalhadores terão que ficar reféns do medo, torcendo para não ser mais uma vítima dessas fatalidades? O aviso foi dado por várias vezes!