Trabalhadores efetivos do SAAE de São Cristóvão continuam desvalorizados pela Administração municipal
Desde de maio de 2011 que os trabalhadores do SAAE de São Cristóvão vêm tentando junto ao prefeito e aos vereadores que se sucedem, assim como os diretores da autarquia, dialogar sobre um reajuste justo para os salários desses trabalhadores, mas as tentativas têm sido infrutíferas, pois não querem ajudar a categoria, que acumula perdas – de 2011 até agosto de 2021 – de 66,29%. São dez anos nessa luta!
Em junho deste ano, os trabalhadores do SAAE tiveram uma reunião com o diretor-presidente e estavam presentes diretores do SINDISAN e seu presidente, e foi colocado que a inflação do período foi de 78,40% e os únicos reajustes foram de 3,14%, em junho de 2018, e 4%, em 2019.
Seria bom perguntar ao prefeito, aos vereadores e aos diretores do SAAE se eles aceitariam abrir mão de 66,29% dos seus polpudos subsídios e salários. Pra se ter uma ideia, um trabalhador que ganhava R$ 1.000,00 há 10 anos, hoje estaria com apenas R$ 377,10 de poder de compra.
Enquanto isso, os que são cargos comissionados, há pouco mais de 6 meses, com a Lei Complementar 173/2020 em vigor, foi aprovada uma lei municipal dando a esses comissionados um reajuste de mais ou menos 35%. Procurado, o diretor da autarquia informou que a Lei 173/2020 não permitia reajustar os salários dos trabalhadores, mas foi concedido aos CCs. E a lei só vale para quem é efetivo?
E para piorar a vida dos trabalhadores efetivos do SAAE, caso se concretize a Lei Municipal Nº 487/2021, forçando os servidores já aposentados a aderirem ao Plano de Demissão Voluntária até 31 de junho de 2022, o SAAE ficará somente com seis trabalhadores efetivos e ficarão os outros cargos livres para as contratações dos conhecidos apadrinhados políticos.
É bom lembrar que existe um Termo de Ajuste de Conduta que terminará com as conclusões das solicitações determinadas pelo Ministério Público do Trabalho, como, por exemplo, o pagamento sobre o FGTS devido dos trabalhadores aposentados.