Há muito tempo que o SINDISAN vem alertando aqui no boletim Água Quente sobre a situação de calamidade em que se encontra a DESO. Entra diretoria e sai diretoria e a situação é cada vez pior. Entra um novo governo, gera-se expectativa de melhorias na companhia e nada!

Infelizmente, o critério de escolha dos diretores é quase sempre política. Desta vez, o governo aposta num diretor-presidente do quadro da própria companhia. Vamos esperar que ele possa atuar com autonomia, o que sabemos ser bem difícil. Enfim, vamos torcer – e cobrar sempre – pelo melhor para a DESO e para os seus trabalhadores. Porque a luta que vem pela frente é muito grande.

Em todo o Brasil, neste momento, os sindicatos do setor de saneamento lutam pela universalização do serviços de saneamento básico com qualidade, e que estes serviços sejam feitos pelas empresas públicas ou autarquias, como SAAEs e DEAE, pois, como diz o dito, “água é fonte de vida, não é fonte de lucro”.

QUEDA NA ARRECADAÇÃO
Temos a informação de que a arrecadação de dezembro de 2014 da DESO foi de 34 milhões de reais, já a de janeiro de 2015 caiu para 29 milhões de reais. Desculpas muitas vão aparecer por esta queda drástica na arrecadação.

Enquanto isso, a companhia, que vende água, fecha os postos de atendimento da Rua Campo do Brito, que funcionava há mais de 40 anos, da Praça General Valadão, no centro da cidade, e o da Rua Mariano Salmeron, no Siqueira Campos, que funcionava há mais de 20 anos. Já nas pequenas e médias cidades do interior, os escritórios de atendimento abrem somente uma vez por semana, e muitos só a metade do expediente. Será que não está aí um dos grandes motivos para a queda na arrecadação?

Há casos de usuários solicitando religação de água há oito meses, sem ser atendido, por falta de materiais básicos de trabalho. Um verdadeiro absurdo!

Alertamos os companheiros do risco que estamos passando. Quem imaginaria que um dia a COHIDRO pudesse ser extinta? Ou que as PPPs viessem com toda força? Que isto sirva de alerta para todos os trabalhadores da DESO.

Este alerta vale para todos os trabalhadores, dos menores cargos aos mais altos. Quando a “tsunami” vier, vai atingir a todos! Está mais que na hora de juntos começarmos um movimento em defesa da DESO, diante do que tem sido falado de “maravilhas” sobre as PPPs por membros do governo de plantão.