Trabalhadores protestam no 1º de Maio da CUT de Sergipe

1ºdemaio_cut1Na manhã do 1º de maio, trabalhadores, militantes sociais, estudantes e sindicalistas tomaram as ruas de Aracaju no ato público do Dia do Trabalhador. Organizado pela Central Única dos Trabalhadores de Sergipe, com participação de sindicatos filiados e entidades parceiras, o ato deste ano teve como pautas principais: o direito à memória e à verdade; o combate à corrupção; e o fim do imposto sindical. O SINDISAN esteve presente com vários dirigentes.

DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE

A grande marcha se iniciou na Praça dos Expedicionários, em frente à antiga Estação Ferroviária, e foi encerrada em frente ao 28° Batalhão de Caçadores, dois pontos históricos do período militar. Na linha de frente da manifestação, trabalhadores carregavam cruzes, simbolizando questões fundamentais para classe trabalhadora e também os lutadores que resistiram bravamente à Ditadura Militar em Sergipe e no Brasil. Para a CUT Sergipe é fundamental que sejam apurados os crimes do período militar.

COMBATE À CORRUPÇÃO

O combate à corrupção e as punições para os corruptores, seja em nível de Brasil como em Sergipe, foi outra pauta do 1° de Maio CUTista. O caso recente de escândalos envolvendo parlamentares federais com bicheiros e a Operação Navalha, envolvendo o conselheiro do TCE-SE Flávio Conceição e outros, presos pela Polícia Federal, foram os mais lembrados durante a caminhada.

”A sociedade não pode deixar que fatos como esses caiam no esquecimento. A CUT está constantemente denunciando o envolvimento de Flávio Conceição na Operação Navalha e também denunciando os escândalos no poder público. Essas pessoas ocupam cargos importantes, públicos, por isso se desviarem da sua função devem, sim, ter punições”, protestou o Diretor da CUT, Roberto Silva.

FIM DO IMPOSTO SINDICAL

Outra bandeira levantada pela CUT no 1° de Maio foi o fim do imposto sindical. Uma urna para votação sobre a continuidade ou não deste imposto foi disponibilizada durante toda a caminhada. 1ºdemaio_cut2

O imposto sindical é o desconto de um dia de salário por ano de todos os trabalhadores que possuem carteira assinada. Para a CUT, o fim deste tributo é fundamental para a classe trabalhadora conquistar autonomia e liberdade sindicais, bandeiras históricas desde a criação da Central.

Por isso, a CUT propõe a substituição do imposto sindical por uma taxa negocial, uma contribuição voluntária definida pelos próprios trabalhadores com valor decidido em Assembleia.

OUTRAS BANDEIRAS

Diversos outros temas foram pautados durante o 1° de Maio da CUT Sergipe, como a redução da jornada de trabalho sem redução do salário; fechamento do comércio aos domingos e feriados; erradicação do trabalho escravo; fim do fator previdenciário; e reforma agrária e urbana.

Durante a caminhada, o Diretor da CUT/SE, Antônio Góis, ressaltou que o Ato do dia 1° mostra o diferencial da CUT para as demais centrais sindicais. “Este é o jeito da CUT de pautar o Dia do Trabalhador. Não temos festas, brindes, nem nos aliamos com o patronato, como outras centrais fazem. Para nós, o 1° de Maio tem o significado da luta da classe trabalhadora”, assegurou Góis.

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