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Urbanitários do Rio de Janeiro protestam contra privarização do saneamento

protesto cedae 2Um protesto contra a privatização da Cedae – Companhia de Água e Esgotos do Rio de Janeiro – reuniu pelo menos 10 mil pessoas, entre funcionários da empresa e populares, no último dia 06/09, no Centro do Rio. 

A passeata caminhou em direção ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Após chegar ao BNDES, a manifestação permaneceu local, com intervenções dos manifestantes.

Para Paulo Cesar, de 62 anos, membro conselho fiscal do Sindicato dos Engenheiros, o ato é uma reação natural ao que o Governo do Estado tenta fazer. Ele lembrou que não é a primeira vez que governadores sugerem privatizar a empresa.

” É uma reação natural ao que se repete pela terceira vez. Primeiro no mandato de Marcello Alencar, depois no governo Rosinha Garotinho e agora com Pezão e Dornelles. Os atuais administradores do Estado estão vindo com uma situação totalmente diferente das anteriores. No passado, nossa empresa foi totalmente sucateada e estava absolutamente sem condições de trabalho. Agora, nós não acreditamos que um monopólio natural, como a água, possa ser colocado sobre a ótica do lucro. No momento da privatização, não interessa pro privado fazer filantropia. Quem vai pagar a conta são os mais carentes”, disse Paulo Cesar.

Governos estudam privatização

A iniciativa do ato se deu após o governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, enviar no dia 19 de agosto um ofício pedindo a inclusão da empresa no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do Governo Federal, instituído pela Medida Provisória 727, feita pelo presidente da república, Michel Temer, no dia 12 de maio de 2016.

Com a medida, o estado do Rio seria dividido em quatro áreas de concessão dos serviços de água e esgoto via parcerias público-privadas (PPPs), mantendo a Cedae para produção e entrega de água para as concessionárias privadas comercializarem. Os sindicatos argumentam que as PPPs não irão resolver os problemas de saneamento do Estado e alegam que a medida vai encarecer as tarifas.

(Com informações de O DIA)

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