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Veículos oferecidos como ‘brinde’ podem prejudicar imagem da DESO

carros desoQuando dizem por aí que no Capitalismo não existe almoço grátis, há lá o seu fundo de verdade. Senão, vejamos o que anda acontecendo. Algumas empreiteiras que prestam serviços à Deso resolveram praticar ato de extrema bondade: estão ofertando, a custo zero, veículos para alguns funcionários da Companhia que exercem cargos de chefia, para que façam uso durante o expediente normal e também nos finais de semana.

São veículos comuns e até luxuosas picapes, totalmente descaracterizados, ou seja, sem plotagem alguma que o identifique como prestador de serviços à Deso. E, pelo que se sabe, até o combustível está incluso neste ato generoso.

Como é de conhecimento geral, no serviço público esta relação entre empreiteiros e servidores nunca é vista com bons olhos, pois a história mostra que esses “afagos” vem quase sempre acompanhados da exigência de contrapartidas, muitas vezes, de forma velada. Isso é sempre muito perigoso para o serviço público. Há sempre que haver suspeitas sobre esse tipo de relação.

Seria de bom alvitre que fato como esse não estivesse acontecendo dentro do âmbito da Companhia, pois por mais que se tente explicar que o empreiteiro é amigo de fulano ou beltrano e que o veículo é para facilitar o trabalho, dando-se, assim, de “brinde”, uma viatura para que possa desenvolver suas atividades, isso pega muito mal junto à população.

Para o SINDISAN, a Deso precisa rever essas ações, já que não se pode explicar, de maneira nenhuma, esse tipo de relação dentro do serviço público, já que a obrigação legal de dar condições de trabalho a seus funcionários diretos é unicamente da Deso, e pelo que se sabe, esta firmou contrato com locadoras de veículos para justamente suprir as deficiências existentes; portanto, torna-se desnecessário qualquer outro tipo de oferta de transporte para quem quer seja.

A Deso tem sido vítima de denúncias em relação as suas atividades-fim. Não é nada positivo ver novamente o nome da Companhia exposto por algo que é pode ser evitado. Pois como diz um outro adágio bem popular, quando a esmola é demais, o santo desconfia.

 

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