Apadrinhamentos prejudicam trabalho dos novos concursados

É constrangedor ver jovens que durante meses a fio se debruçaram dia e noite sobre os livros, se preparando para passar com êxito pelo crivo de um concurso público altamente disputado, assistirem aos seus anseios irem por água abaixo, meramente por questões de apadrinhamento político exercido por certos chefes despreparados.

São chefes que temem o simples olhar de desagrado de um cacique político qualquer, escondido nos povoados e municípios do nosso estado. Calcado nesse eterno temor e o medo de perder seu “precioso” cargo, esses chefes passam por cima de tudo que soe como bom senso e racionalidade.
Para ilustrar, citaremos o caso de uma cidade da Regional Norte, onde para executar os serviços de rua – e que não são poucos – o chefe local deixa um dos novos concursados e um outro funcionário antigo, cujo expediente só vai até às 13 horas.

Com dezenas de companheiros aprovados no último concurso, simplesmente o chefe deixa um único trabalhador, ainda sem experiência em retirada de vazamentos. O companheiro ainda tem que dirigir ele mesmo a viatura locada pela DESO para percorrer toda a cidade a fim de executar os serviços.

Agora, o fato estranho é que esse mesmo chefe lotou três funcionários recém-chegados na Companhia para fazerem turnos de revezamento em um minúsculo povoado próximo. Vá entender essa lógica! Informações que colhemos na região revela que o critério foi meramente político, já que entre esses novos funcionários, existe um que é sobrinho de um ex-prefeito local.

Outro caso absurdo: em um povoado da cidade de Brejo Grande, foi designado somente um funcionário para fazer todo o tipo de operação, inclusive retirar vazamentos, todo santo dia, sem folga alguma, exceto nos finais de semana.

E o mais grave é que esse companheiro reside em uma outra cidade da região e já está passando por sérios problemas emocionais, e não conta com a mínima compreensão e solidariedade do seu chefe imediato, que quer simplesmente o serviço executado.

Pedimos a esse chefe que experimente pelo menos uma vez usar do bom senso. Como explicar que um povoado possua mais funcionários do que a própria sede do município? Onde há três funcionários podem ficar dois; e o outro pode ser deslocado para onde tem só um. Aí está uma solução simples para operacionalizar melhor os serviços.

Não podemos é deixar que relações pessoais com políticos locais comprometam e joguem por terra todo o duro processo que culminou na efetivação desses novos companheiros na DESO.  

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