Banheiro nos serviços da adutora só no mato

Existia, numa passado recente, uma equipe de manutenção da Adutora do São Francisco, com cerca de dez trabalhadores que percorriam a adutora diariamente para fazer manutenção preventiva.

Como na Deso sempre tem a turma dos “inteligentes de plantão”, que acham ser desnecessário pagar horas-extras diárias aos peões, por contenção de despesas, a equipe foi desmontada.

Passados alguns anos, começam a surgir vários problemas na adutora justamente por falta de manutenção preventiva, e com isso, vira e mexe, surgem na empresa avisos de falta de água em vários bairros de Aracaju e da Grande Aracaju por conta de manutenção da adutora.

Geralmente estes bairros ficam sem água o dia inteiro, muitos ficando até dois ou três dias sem o precioso líquido, surgindo com isso reclamações dos usuários e duras críticas pelo serviço (ou a falta dele) prestado pela Deso.

Mas existe o outro lado desse problema que ninguém diz: os trabalhadores que estão executando o serviço de manutenção na adutora. Temos a informação de que na última manutenção feita, os trabalhadores começaram o serviço às 6 da manhã do sábado e pararam às 4 da tarde do domingo. Ou seja, 34 horas de trabalho ininterruptos. Um absurdo!

BANHEIROS QUÍMICOS

Temos cópia da Comunicação Interna (CI) onde foi solicitada da Deso locação de Sanitários Portáteis Ecológicos (banheiros químicos) para serem utilizados pelos trabalhadores nos serviços realizados no campo, e a informação que temos é que não houve a locação. E quando os trabalhadores precisaram fazer as suas necessidades fisiológicas, tinham que fazer no meio do mato. Uma situação degradante e humilhante! Uma vergonha!

Hoje, para que o Setor de Manutenção de Adutoras funcionasse a contento, precisaria de no mínimo 30 trabalhadores. Tem 12 apenas, e muitos desses trabalhadores já não podem produzir o que produziam há 20 anos. É preciso que a Deso tenha consciência disso. Sem um boa equipe de manutenção, sofrem os poucos trabalhadores que estão no setor atualmente e a população, com a falta de água entre as manutenções, que não são mais rápidas por falta de pessoal.

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