Cohidro: na rádio é uma coisa, mas na vida real é outra
Quem ouviu a entrevista do diretor-presidente da COHIDRO, no dia 01/10, em uma emissora de rádio FM da Capital – que mais parece o órgão oficial de comunicação do governo – não entendeu simplesmente sobre qual COHIDRO ele estava se referindo. Pelo que ele disse, não parecia ser a tão sucateada, maltratada e esquecida, um fragmento de empresa, que de bom só resta o dinamismo dos bravos funcionários que lutam com afinco, dia após dia, junto com o seu sindicato para que toda aquela estrutura funcionando, onde outrora propiciou, através de suas ações no combate a seca, largos sorrisos de satisfação do povo do sertão, e que hoje serve meramente como balcão de negociatas entre governos e políticos desempregados e toda sorte de apadrinhados subservientes.
Quem ouviu a tal entrevista, e não tem conhecimento de causa, imagina que o povo sergipano dispõe só para si de uma empresa tipo a PETROBRAS, em matéria de eficiência em perfurações de poços, dando a entender que tudo dentro da COHIDRO funciona as mil maravilhas e que não existe, nem em sonho, qualquer tipo de irregularidade e a mão nociva da ingerência politica.
É triste ver que durante anos, apesar das cobranças constantes do SINDISAN em relação ao sucateamento e as administrações desastrosas de cunho meramente político implantadas na COHIDRO, absolutamente nada foi feito para se tentar reverter a situação de penúria falimentar para qual esta empresa caminha a passos largos. Escutarmos entrevistas mirabolantes e de tendência meramente eleitoreira, as barbas de uma eleição tão importante para a população, nos parece querer subestimar a capacidade de entendimento de todos os ouvintes.