Contra pelegos, nada melhor que reviver fatos do passado
Para desmascarar pelegos, às vezes é importante reviver alguns momentos do passado. Vejamos o Acordo Coletivo de 89/90, na cláusula trigésima sexta, sobre Contribuição Assistencial:
A Deso descontará em folha de pagamento, dos empregados sindicalizados ou não, no mês de vigência do presente acordo, a título de contribuição assistencial ao Sindicato, o equivalente a 10% (dez por cento) do salário nominal, exceto para os empregados que se manifestarem contrários ao desconto, por escrito e no prazo de 10 (dez) dias contados a partir da vigência do presente acordo.
Foi por causa desta contribuição a mais que o SINDISAN conseguiu, no prazo de quatro anos, entre 1990 e 1994, comprar um carro de som, uma Fiat Elba, maquina copiadora, câmera fotográfica e de filmagem, e o mais importante, a atual sede do sindicato. E esta contribuição foi defendida, à época, com muita ênfase por um ex-dirigente do sindicato.
Este mesmo ex-dirigente pregava aos quatro cantos seu compromisso com a classe trabalhadora, fazendo duras críticas aos engenheiros e a quem tivesse cargos de chefia na DESO, alegando que esses trabalhadores não mereciam confiança, pois estavam sempre do lado do patrão.
Como um ex-presidente da CUT/SE sempre dizia, “revolucionário hoje, reacionário amanhã”. E vejam o que aconteceu com esse companheiro, antes tão combativo. Após sair da direção do SINDISAN, assim que a DESO lhe ofereceu um cargo de chefia, aceitou de imediato, passando a desconsiderar os antigos companheiros. Acabou o discurso radical, como também as participações nas atividades do sindicato.
Depois de mais de dez anos afastado do SINDISAN, assim que perdeu a chefia, retornou ao sindicato como representante sindical. Não tendo a mesma influência do passado e não conseguindo atingir os seus objetivos, abandonou o cargo ao qual a base o elegeu, sem dar nenhuma satisfação.
E o pior aconteceu recentemente, quando se desfiliou do sindicato e ainda influenciou alguns companheiros desavisados a também se desfiliarem, muitos dos quais, enquanto ele estava na porta da DESO com os seus discursos raivosos, estavam furando greves e criticando-o.
Diante desses fatos, pode-se chamar este ex-companheiro de PELEGO-MOR, ou renegado da classe trabalhadora. Não tocaremos mais neste caso aqui no Água Quente, pois não vamos dar audiência para um renegado da classe. Fica apenas mais um lembrete: cuidado com os lobos vestidos com pele de cordeiro!