Contribuição Assistencial: um esforço a mais para financiar a luta contra as privatizações
Em tempos de luta contra as privatizações das companhias públicas de saneamento, todo recurso para financiar essa luta é importante e necessário. Neste sentido, a Contribuição Assistencial foi construída em assembleia geral da categoria e aprovada pela maioria dos presentes, quando da discussão do Acordo Coletivo de Trabalho da Deso de 2021/2023.
Com o fim do Imposto Sindical, caiu drasticamente o aporte de recurso dos sindicatos para fazer a luta mais ampla, e isso só beneficiou os patrões e os maus gestores públicos. Não tem mágica: não se faz enfrentamento às políticas de destruição dos direitos dos trabalhadores sem recursos.
É lamentável ver alguns trabalhadores fazendo campanha contra essa fonte de financiamento da luta coletiva só para fazer a política do contra e do ‘quanto pior melhor’. Muitos desses “companheiros” são os mesmos que, lá atrás, quando havia o Imposto Sindical, contribuíam com outros sindicatos – Senge, Sintec, Sindicato dos Químicos e outros – só para pagar menos, porque a cobrança recaía sobre o piso da categoria profissional, e ainda distribuíam na DESO os formulários desses sindicatos para tirar o desconto do SINDISAN.
E agora, com a Contribuição Assistencial, os oportunistas de sempre fizeram campanha para que os trabalhadores não assinassem o formulário de adesão, isso para enfraquecer o sindicato e a luta da categoria. A quem interessa este tipo de ação? Aos trabalhadores é que não é.
E há um outro grupo, este de reacionários e conservadores de direita que defendem claramente a ideologia da classe dominante e se acham mais patrão dos que os patrões, mas são os mesmos que não abrem mão de jeito nenhum das conquistas alcançadas pelo sindicato e pela luta coletiva que eles renegam.
Mas, indo contra esses adeptos do ‘quanto pior melhor’, a maioria dos trabalhadores ainda tem consciência de classe e, referendando o trabalho que a direção do sindicato tem feito, de ir às bases dialogar sobre a importância da Contribuição Assistencial, a maioria tem assinado a ficha de adesão. Já alcançamos 900 assinaturas e, como o prazo vai até 2 de maio, há grande chance de superarmos o ano de 2021, chegando perto das mil assinaturas.
Esses recursos vão ajudar o sindicato a financiar a campanha contra a privatização da DESO, estruturar a realização de audiências públicas para ampliar o diálogo sobre a importância das companhias públicas de saneamento e, também, para custear as ações de luta necessárias contra a política de privatização e contra os inimigos dos trabalhadores, em Sergipe e em Brasília.
Nunca é demais lembrar que onde houve privatização de empresas públicas, houve demissão de trabalhadores em massa e redução de salários. E vale lembrar, ainda, que a Contribuição Assistencial de 3% é sobre o salário-base divididos em três parcelas de 1%. No caso do trabalhador que ganhe R$ 2.000,00, será R$ 20,00 por mês, menos que uma pizza com refrigerante.
Trabalhadores conscientes acatam decisão da assembleia geral. Só a luta coletiva e financiada pelos próprios trabalhadores levará à vitória e a novas conquistas.