Crea-SE é contra a privatização da DESO
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE) é contra a privatização da Companhia de Saneamento (DESO) por entender que a água é um bem público, um direito humano e que não pode ser tratada como uma commoditie, como se fosse uma mercadoria.
Para o presidente do Conselho, engenheiro agrônomo Arício Resende, a desestatização do sistema acarretará demissões, precarização do trabalho por meio de subcontratações de serviços, aumento de preços tarifários, perda da qualidade do serviço oferecido, além do aumento da desigualdade social.
De acordo com o presidente do Crea-SE, hoje vários povoados de Sergipe recebem água tratada porque a DESO é uma empresa pública.
“São localidades onde o custo para manter o abastecimento de água é bem acima que os recursos arrecadados pelas tarifas pagas pelos consumidores dessas regiões mais afastadas da área urbana. Isso ocorre porque o objetivo da estatal não é ter lucro, o que ela precisa ter é um resultado social. No caso de uma privatização a situação seria diferente”, avalia Arício Resende, que também alerta para as tarifas sociais que, no caso de uma venda da Companhia, o benefício estaria ameaçado de acabar.
(Com informações do JC)