DESO na contramão
Abaixo, replicamos a matéria do jornalista Eugênio Nascimento, publicada em sua Coluna “Primeira Mão”. Interessa a todos os trabalhadores da companhia:
A Deso, após contratar a consultoria da Deloitte para elaboração de um novo Plano de Cargos e Salário e propor alterações na estrutura organizacional da empresa, optou pela contramão. O resultado do levantamento, todos devem lembrar, seria o tal Plano de Cargos e Salário, que até hoje não foi definido. Mas quanto as mudanças na estrutura organizacional, isso andou a passos largos.
Implantada em 2013, em meio a velha cantilena de crise e de dificuldades financeiras, a Deso implantou essa nova estrutura, à época com 287 caixinhas, algumas inusitadas com nomes estranhos. Uma verdadeira sopa de letras numa relação de quase um chefe para cada grupo de quatro empregados.
Se naquele momento teve quem avaliasse que a Deso seguia na contramão da história com a implantação de uma estrutura verticalizada em meio ao aumento dos níveis hierárquicos e criação de novos cargos no momento em que o acionista majoritário, o Governo de Sergipe apontava a necessidade de cortar despesas e até extinguir secretarias e outros órgão da administração pública estadual.
Agora a situação tende a agravar, pois acharam pouco e continuam criando novos cargos para satisfazer interesses dos diretores e políticos de plantão. Criaram novas assessorias nas diretorias e ainda para acomodar apadrinhados até unidades são subdivididas. Enfim, não será surpresa em algum tempo encontrar setores que tenham mais caciques do que índio.