Matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo e reproduzida no seu site, no último dia 27, traz a história da de uma “pequena grande” revolução na universalização da oferta de saneamento básico para a população.

Trata-se da cidade baiana de Vitória da Conquista, que com seus 350 mil habitantes, tem 100% de sua população atendida pelo abastecimento de água e 96,7% das residências ocupadas da zona urbana com recolhimento de esgoto, muito acima do índice médio do país. E tudo isso sem privatizar os serviços.

Vitória da Conquista, localizada a 518 km de Salvador, é a cidade do Norte-Nordeste com a melhor cobertura saneamento básico, segundo informações do Instituto Trata Brasil.

Também é o município do país com melhor cobertura de saneamento do país em relação ao seu Produto Interno Bruto (o PIB per capita conquistense é de R$ 17.991, ou 59% dos R$ 30.407 nacional). Ou seja, é a cidade brasileira que mais fez pelo saneamento com menos dinheiro.

De acordo com a matéria da Folha, esse resultado foi conquistado a partir do trabalho realizado nos últimos dez anos. Em 2008, o esgoto chegava a apenas 45% das residências da zona urbana.

Hoje, Vitória da Conquista tem a maior estação de tratamento de esgoto do Nordeste, com capacidade para tratar até 533 litros por segundo. Com um tratamento em três etapas, o esgoto purificado volta aos rios após a retirada de 91% da matéria orgânica.

O sistema é maior até do que os usados nas capitais nordestinas, que em sua maioria fazem apenas o tratamento primário do esgoto e o lançam no oceano por meio de emissários submarinos.

Ao contrário de outras cidades com alta cobertura de esgotamento, contudo, a rede de Vitória da Conquista cresceu com investimentos 100% público, feito raro em um momento em que se discute um novo marco legal para o setor que permita a maior participação de empresas privadas.

A matéria completa pode ser lida no site da Folha: bit.ly/2q0xbKG