Para quem mora em Aracaju ou em qualquer outra cidade do interior do estado de Sergipe e não tem ajuda alguma para se deslocar da sua residência para o local de trabalho, e vice-versa, fica no mínimo intrigado – e também constrangido – quando vê alguns colegas usando carros locados pela DESO para fazerem seus deslocamentos até os seus locais de trabalho.

E por que ficar intrigado? Por não saber que critério é adotado pela DESO para fazer essa diferenciação. Amizade, tempo de serviço, cargo que ocupa ou influência com políticos? O que será?

Sabemos que quase todos eles receberem da DESO as diárias correspondentes aos dias trabalhados, justamente para cobrir esses custos. Voltando no tempo, lembramos que quando um funcionário era designado para trabalhar no interior do estado, sua lotação também era mudada, justamente para evitar os pagamentos de diárias com esses deslocamentos. Hoje, vemos uma segregação incompreensível acontecer: alguns “sortudos”, além dos carros à sua disposição, continuam a receber suas diárias regularmente.

Já existe coisa semelhante, que acontece a torto e a direito dentro da DESO, a qual já denunciamos várias vezes no nosso boletim e nada foi feito até o momento, que é o uso particular de carros da DESO, de domingo a domingo, sem controle algum do setor que deveria fiscalizar essa prática ilegal utilizada por alguns funcionários.

Então, como justificar essa tomada de posição por parte da DESO, que faz de conta que o problema de Chico não é o mesmo que o de Francisco, e toma partido de um em detrimento do outro? Quem autoriza essas benesses precisa reavaliar de imediato essa posição?

A DESO é uma só, portanto, casos semelhantes deveriam ser tratados com a maior igualdade e imparcialidade possíveis. Quem está pagando do bolso transporte para o interior do estado há anos, e vê essas coisas acontecerem, tendem a buscar a Justiça para corrigir estas distorções dentro da DESO.