SAAE-SC: trabalhadores estão sem ACT há mais de cinco anos

Trabalhadores do SAAE de São Cristóvão continuam esperando o sinal da diretoria, no sentido de celebrar o Acordo Coletivo da categoria. A data-base é 1º de maio e há cinco anos e meio foi pago o último reajuste, sem os retroativos, em 2011, referente a maio de 2010.

Por várias vezes tentou-se resolver o problema administrativamente, mas os diretores do SAAE marcavam com o SINDISAN e, no dia da reunião, não eram encontrados, sequer compareciam na sede da Autarquia. Foi assim durante muitos anos. O sindicato procurou a intermediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), mas o diretor do SAAE não compareceu na primeira audiência, só comparecendo na segunda.

Nesta audiência na SRTE, o diretor chegou a dizer que autarquia tem uma inadimplência R$ 3,4 milhões, isso com dados de quatro meses atrás, e que não fazia corte e também não reajustava a tarifa da água para não desgastar os prefeitos de plantão.

O mediador deu a palavra ao presidente do SINDISAN, que falou das necessidades dos trabalhadores e de a Autarquia voltar a estabelecer o acordo coletivo dos trabalhadores, visto que nos últimos cinco anos e meio a norma coletiva não tem sido formalizada, por conseguinte, os trabalhadores não estão tendo reajuste nem dos salários, nem nas demais cláusula econômicas.

A expectativa principal dos trabalhadores é obter a recuperação salarial. No seu relato, o diretor do SAAE falou das necessidades e problemas da Autarquia e, no final, pediu que os trabalhadores apresentassem uma proposta por escrito com o reajuste salarial para ser apresentada junto à administração municipal.

O documento foi encaminhado à SRTE e também ao diretor do SAAE, que até hoje não atendeu o chamamento da Superintendência, tampouco deu a resposta aos trabalhadores. Foi feita outra tentativa, agora junto ao Ministério Público do Trabalho, e eles também não compareceram, por duas vezes.

Como se vê, os gestores do SAAE de São Cristóvão nunca quiseram negociar com os trabalhadores. Boa parte dos trabalhadores sequer reclama, porque muitos têm gratificações. Lamentavelmente, esses mesmos trabalhadores ainda culpam o Sindicato e os representantes dos trabalhadores em vez dos gestores que não tem compromisso com a categoria.

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