Governadores do Nordeste se unem para o combate ao coronavírus
Lançado na última segunda-feira (30), o Comitê Científico do Consórcio Nordeste realizou sua primeira videoconferência. O objetivo do grupo – coordenado pelo neurocientista Miguel Nicolelis e pelo físico e ex-ministro de Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende – é auxiliar os nove governadores da região Nordeste a estabelecer cientificamente as ações para combater a pandemia de coronavírus na região.
Segundo o governador da Bahia, Rui Costa, presidente do comitê, a ideia é promover o alinhamento das políticas da região com as soluções mais avançadas utilizadas por países com mais experiência no trato da Covid-19. “A melhor forma de vencer esta guerra e salvar vidas é com ciência e inteligência”, disse o governador nas redes sociais.
Os nove estados do Nordeste participam da iniciativa: Bahia, Maranhão, Piauí, Ceará, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. No último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, nesta terça, o Nordeste aparece como a segunda região com maior número de casos no país, 875 (15%), atrás apenas do Sudeste, com 3.406 casos (60%).
Para o comitê, são imprescindíveis no combate à doença o distanciamento social, a coordenação das ações entre os estados, a integração das comissões e grupos locais que estudam o tema, a integração dos bancos de dados de universidades públicas. Ações práticas como alternativas para a testagem em massa de viajantes que chegam ao Nordeste via aeroportos, estradas e portos também são estudadas, assim como a proteção dos profissionais de saúde que estão na linha de frente.
O consórcio também estabeleceu como prioridade a instalação de uma “sala de situação”, uma espécie de quartel-general de combate ao coronavírus, na sede do governo da Bahia. No local serão discutidas ações de cooperação nacional e internacional no enfrentamento da doença.
O médico Maurício Barreto, componente do grupo, criou a rede Covida, que integra as secretarias de Ciência e Tecnologia e de Saúde dos estados do NE, além de bancos de dados das universidades com informações do mundo inteiro.
O comitê tem como alguns dos principais desafios a compreensão das limitações enfrentadas pelos governos no mundo, como a falta de insumos, materiais e equipamentos; a criação de alternativas viáveis para a entrega de materiais; a disponibilização de leitos de terapia intensiva e a implementação de hospitais emergenciais.
(Com informações da RBA)