Novo diretor do SAAE de São Cristóvão aponta problemas

entrevistaEm uma entrevista concedida à imprensa no início do ano, o novo diretor-presidente do SAAE de São Cristóvão disse algumas coisas que merecem observações:

Entrevistador: Qual o motivo da falta da água?
Diretor-presidente do SAAE: Como é que eu tenho um poço e não tenho uma bomba reserva para aquele poço (captação). Eu não sei se as prioridades eram invertidas ou se tudo era feito de forma proposital,tipo ‘vamos deixar somente uma bomba e se quebrar o povo que dane-se’. Não existia compromisso, o compromisso era com eles mesmos, os gerenciadores.

Entrevistador: Nesse momento está faltando água em vários locais, o que vai ser feito para acabar com a falta de água?
Diretor: A determinação da prefeita é de trabalhar junto com toda equipe do SAAE, que aqui eu quero parabenizar esses guerreiros, os funcionários, que não têm medido esforços, apesar de não terem nenhum incentivo dos seus gerenciadores passados, por não terem dado a eles condições nenhuma de trabalho. Eu quero aqui parabenizar toda a equipe do SAAE, que são pessoas compromissadas com o povo de São Cristóvão.

Entrevistador: Vai ser comprada outra bomba?
Diretor: Encontramos o caixa do SAAE completamente zerado, zero de caixa, só encontramos dívidas. Dinheiro em caixa para você comprar um palito de fósforo não existe, existem dívidas. Estou aqui com um pequeno levantamento que fizermos e são coisas absurdas. Aqui estou fazendo um levantamento, mas a irresponsabilidade é muito grande. É muita coisa errada. São diárias absurdas. Se eu for a Aracaju e voltar, eu recebo 100 reais só para ir lá e voltar, e isso só para a direção. Veja, para ir a Salvador, que geralmente iam e não passavam sequer um dia, eram 500 reais por dia.
Entrevistador: O que vão fazer?
Diretor: Eu não sei, mas agora temos que ter compromisso com o povo.

Entrevistador: Gostaria que fosse feita uma auditoria e encaminhada ao Ministério Público.
Diretor: Com certeza iremos fazer e encaminhar ao Ministério Público, porque o compromisso dessa direção é a transparência.

Na entrevista, segundo o diretor-presidente, a peça que está faltando é simplesmente um rotor, que custa 900 reais, já providenciados pela nova administração. Enquanto ganhavam 500 reais por cada dia viajado a Salvador, faltava rotor, cloro, hipoclorito etc.

Segundo o diretor, ele encontrou o SAAE sucateado; das duas bombas, uma estava sem funcionar. Quando um ouvinte entrou e disse que o SAAE era um cabide de emprego onde vários vereadores colocavam nele seus cabos eleitorais, o diretor confirmou o fato.

Enquanto isso a população espera que o novo diretor venha fazer um concurso público, para que todos tenham as mesmas condições, porque quem não tem padrinho político, como fica? O SAAE no momento tem somente 19 trabalhadores efetivos, e um desses foi liberado para um outro órgão.

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