Voltamos a denunciar para categoria a situação das unidades da DESO no interior, pois parece que para gerência responsável em nada lhe diz respeito. Confiram as lastimáveis e indignas condições em que se encontram os escritórios dos seguintes municípios:

Salgado – Depois de mais de quatro anos fechado para uma pretensa reforma, e pagando durante todo esse tempo um aluguel em outro imóvel, eis que voltam os mesmo dois funcionários da TecServ – já que são os únicos representantes da DESO na localidade – ao mesmo prédio anteriormente abandonado, só que com um forte agravante: não foi feita reforma alguma! Nenhum punhado de areia foi retirado nem tampouco colocado no local.  A degradação é gritante. O local não dispõe de computador, uma simples 2ª via deve ser solicitada em Lagarto. Os deslocamentos dos trabalhadores por toda a cidade com as ferramentas são feitos em ‘galinhotas’ sucateadas. A situação é deprimente.

Canhoba – Se o prédio ainda não desabou durante a leitura deste texto, não está muito longe de acontecer.

Santo Amaro, Malhador e Ilha das Flores – Escritórios totalmente abandonados à própria sorte pelo setor de engenharia civil da empresa.

Brejo Grande – A ETA está localizada literalmente dentro de um pasto, dominada por formigueiros insuportáveis, totalmente aberta ao acesso de qualquer pessoa. O escritório de atendimento ao público chega a fazer vergonha.

Santana do São Francisco – Um verdadeiro depósito de lixo formou-se na unidade, com o reservatório prestes a desabar.

Frei Paulo – Escritório entregue as traças, telhado ruindo, tambores de óleo servem como cadeiras para os usuários sentarem, portas estouradas, central de ar nunca funcionou, servindo apenas como abrigo de insetos, e poltronas sem encosto.

Amparo do São Francisco – A unidade está com a estrutura precária. Para piorar, os trabalhadores não tem nem acesso a uma água gelada, ainda que haja geladeira, mas esta é para os reagentes químicos. Os operadores tem reagente químico geladinho e a água de beber quentinha.

Carira – Situação é de fazer vergonha a qualquer funcionário que tenha a capacidade de se indignar. Certos depósitos de lixo são mais higiênicos. Faltam vidros nas janelas existentes, vigas expostas, matos tomando conta de toda a área.

Enfim, se aqui formos elencar todas as unidades da DESO abandonadas pelas chefias, precisaríamos de um boletim Água Quente exclusivo só para isso. É altamente deprimente para os honrados companheiros desta empresa saber que um patrimônio material tão vasto e valioso, quando não é invadido por terceiros à revelia da empresa, está entregue a um absurdo sucateamento nunca antes visto, e numa escala quase irremediável. Os chefes que, por omissão, vem deixando o patrimônio público se deteriorar, a história os julgará, e então saberemos que interesses haviam por detrás de tanta negligência e falta de compromisso com a empresa que os mantém e paga religiosamente os seus salários.