Programa da Deso se transforma em crime contra os trabalhadores
O Programa de aperfeiçoamento e integração da Capital (PRACAPITAL) realizado pela Deso no último dia 13 de novembro no Iate Clube de Aracaju, seguindo a lógica das versões realizadas no interior do estado, em síntese, mostrou os verdadeiros objetivos da direção da empresa. Lançar mão de conquistas históricas da categoria.
Muitos companheiros já previam que o objetivo dos diretores da Deso com o evento era de promover “lavagem cerebral”, jogar e apostar na divisão dos trabalhadores, mas o que aconteceu foi bem pior do que o previsto. O evento além de em determinado momento fazer lembrar dos campos de concentração, se configurou num verdadeiro crime contra os trabalhadores, o de assédio moral coletivo.
Quando deu meio dia, horário que em encerrava o turno de trabalho de muitos empregados, os portões foram fechados impedindo a saída dos trabalhadores, o que também configura em crime de cáceres privado.
Teve diretor que usou e abusou do espaço para fazer ameaça velada aos trabalhadores, dizendo que a empresa vai ampliar a jornada de trabalho com a implantação do novo PCCR, ameaçando a quem não aderir ao tal plano iria ficar estacionado sem qualquer perspectiva de crescimento funcional.
Cinismo – Em determinado momento o dito diretor teve a audácia de falar que tudo estava sendo discutido com o sindicato que tem representante na comissão do tal PCCR. Chegou ao absurdo de dizer que enquanto a CUT e os sindicatos estão lutando pela implantação da jornada de 40 horas semanais, a direção da Deso estava se antecipando, concedendo tal jornada, quando na verdade a proposta é de ampliação da jornada, diferentemente do objetivo central da luta do movimento sindical.
Mentiras – Não é a primeira vez que a atual direção da Deso, não honra compromissos.
Todos lembram da proposta encaminhada no inicio dessa gestão, se comprometendo a estender turno corrido de seis horas para os novos contratados e de revisar o PCCS para o pessoal das classes salariais de 1 a 5, ficando o pessoal das classes de 6 a 9 para o ano seguinte e depois recuou e até diz que essa proposta nunca existiu, no entanto temos a proposta nos arquivos do sindicado devidamente assinada.
A comissão para estudos do PCCR, inicialmente a direção da empresa em reunião com a direção do Sindisan combinou com a indicação de três membros os quais seriam escolhidos em assembléia, depois, mais uma vez não honrou o compromisso assumido vetando a indicação de dois companheiros escolhidos pela categoria, em seguida recuou, mas manteve o veto a um companheiro democraticamente eleito.
Providência – A direção do Sindisan está levantando todas as informações acerca do evento realizado para a adoção das providências cabíveis, inclusive com o ingresso na justiça de ações judiciais.
É inaceitável tal conduta, principalmente quando parte de integrantes de uma gestão de um partido que diz ser dos trabalhadores.
A história de luta dos trabalhadores da Deso não deixa dúvida, que não vão se iludir com ameaças, nem tão pouco vão aceitar propostas indecentes que rasgue a história e jogue no lixo conquista obtidas através da nossa luta e da nossa organização.