Reformas são bem-vindas, mas é preciso continuidade e manutenção

Nas viagens que a direção do SINDISAN realiza às suas bases no interior do estado, é possível perceber que se deu início ao processo de reformas de algumas unidades da DESO. Muito louvável que isto esteja acontecendo. Espera-se que agora seja pra valer, pois este é um dos pontos que mais acarreta críticas à Companhia, tanto por parte do sindicato como também dos próprios trabalhadores, que é quem sente na pele a dificuldade de trabalhar em unidades praticamente em ruínas.

Além disso, há um histórico ruim de malfadadas reformas, que deixam a todos desconfiados e com uma pulga atrás da orelha, a se questionarem se a coisa agora tomou rumo certo e se tudo seguirá bem até o final e nada ficará inacabado, com fiscalização presente e que seja feita com a qualidade que se exige e se deseja. Só assim veremos alguma durabilidade nessas obras executadas, que, na maioria das vezes, praticamente são feitas à revelia da contratante.

Sabe-se que a DESO sofre de um mal crônico, que é a falta absoluta de manutenção preventiva em todas as suas áreas, seja nas estações de bombeamento ou de tratamento de água e esgoto, seja nas estruturas físicas de todo o seu patrimônio. Esse mal, diretor nenhum, até o momento, tentou saná-lo.

Quando o tema é citado em reuniões com a direção da Companhia, o que se escuta é o velho bordão surrado: não existe dinheiro para tal, pois manutenção preventiva é bastante onerosa para a DESO; e se tudo está funcionando, para quê se fazer manutenção?

A ETA do município de Areia Branca é um exemplo clássico desse pensamento ultrapassado. A referida Estação sofreu uma ampla reforma, onde se automatizou praticamente tudo, utilizando, na época, o que havia de mais moderno. Porém, alguns equipamentos sequer chegaram a ser utilizados e se deterioraram com o tempo. Os motivos nenhum diretor jamais conseguiu explicar ao SINDISAN, muito menos à população. Hoje, chegando-se na ETA de Areia Branca, mais parece que se está adentrando em um depósito de ferros velhos. Um absurdo que salta aos olhos!

Espera-se, agora, com uma nova direção já empossada e trabalhando, que as coisas fluam corretamente, pois da direção anterior não se pode cobrar muito, pois não tiveram tempo hábil para trabalhar. A dança das cadeiras da política mais uma vez falou mais alto.

 

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