Uma Autarquia municipal em situação praticamente pré-falimentar. Esta é a situação do SAAE de São Cristóvão, município este que passa por uma crise de administração nunca vista antes, com escândalos de corrupção pipocando por todas os lados, fruto da ação de políticos inescrupulosos e desonestos que usam a máquina pública para satisfazer os seus interesses pessoais e dos seus grupos políticos.

Talvez daí venha toda a crise pela qual passa também o SAAE local, penando com um faturamento medíocre que mal dá para cobrir os custos com eletricidade; uma inadimplência que já chega na casa dos 80%, resultado do desastroso e péssimo serviço ofertado a população, chegando a ter residências com quase 100 faturas em atraso, mas com fornecimento de água ainda regular; um número absurdo de apadrinhados políticos em Cargos Comissionados, que dificilmente trabalham, só onerando a folha; servidores altamente desmotivados, com quase cinco anos sem um reajuste salarial; uma Diretoria sem compromisso algum com os trabalhadores e muito menos com a Justiça trabalhista, pois são acostumados a não comparecer às audiências de mediação proposta pelo MTE.

Visitando as Estações de Tratamento de Água, o que vemos chega a dar arrepios: tudo se transformou em verdadeiras ruínas prestes a desabar, sem oferecer o mínimo de condição de trabalho para um ser humano; os equipamentos, que deveriam fazer o tratamento necessário da água, encontram-se quase todos quebrados ou sucateados; falta produtos químicos, reagentes, e  iluminação é precária.

Pesquisando sobre a rede de distribuição, descobrimos que a mesma nunca foi substituída, somente reparada, daí o motivo das interrupções diárias sofridas no sistema.

Ao SINDISAN cabe agir como determina a lei: uma vez esgotadas as tentativas de negociação, resta procurar agora as esferas do judiciário para que este acione os inconsequentes “caciques” que infestam a Autarquia e a levaram para o fundo do poço.