SINDISAN realiza coletiva de imprensa para detalhar estudo que aponta graves erros no processo de privatização do saneamento em Sergipe
Nota Técnica elaborada pelo engenheiro Adauto Santos do Espírito Santo e revisada pelo engenheiro Marcos Helano Fernandes Montenegro, coordenador do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (ONDAS), aponta graves erros e omissões no Plano Microrregional de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de Sergipe, documento essencial no processo de concessão desses serviços públicos que vem sendo executado pelo governo de Sergipe, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O estudo é referendado por treze doutores, professores e pesquisadores brasileiros do campo do saneamento básico que, em carta pública, recomendam a suspensão do processo de concessão em curso no estado de Sergipe até que os erros sejam corrigidos.
Para detalhar melhor a análise feita pelos engenheiros Adauto Santos e Marcos Montenegro, o SINDISAN promoverá uma coletiva de imprensa na próxima sexta-feira, dia 17, às 7 horas, em sua sede. O evento será aberto, também, à participação de representações políticas, institucionais e dos movimentos sindical, social e popular interessadas no processo de privatização do saneamento básico que vem sendo levado a cabo pelo governo estadual.
Participarão da coletiva de imprensa o engenheiro e coordenador do ONDAS, Marcos Montenegro; o professor doutor Jailton Marques, titular do Departamento de Engenharia e Ciências Ambientais da Universidade Federal de Sergipe (UFS), um dos treze professores que assinam a carta referendando o estudo; e o presidente do SINDISAN, Silvio Sá.
“Será uma oportunidade de mostrar para a sociedade sergipana esse estudo sério e minucioso que aponta, entre outros problemas, várias divergências entre os dados fornecidos pelo BNDES e os do Sistema Nacional de Informação do Saneamento fornecidos pela DESO, que levam a uma superestimativa ou subestimativa, a depender do dado mencionado, em relação aos investimentos e aos custos operacionais na área da Microrregião, que envolve os 75 municípios sergipanos”, relata o presidente do SINDISAN.
“Essas incongruências afetam diretamente todo o planejamento previsto no edital da concessão do saneamento básico apresentado pelo governo de Sergipe. Isso é grave e todo esse processo precisa ser revisto, como sugerem os treze professores doutores em saneamento”, defende Silvio Sá.