As nossas conquistas
Nós, trabalhadores, vivemos numa sociedade de interesses inconciliáveis. De um lado o patrão, que tem os meios de produção, e do outro nós, trabalhadores, que somos a maioria da sociedade, que não temos os meios de produção e necessitamos vender a mercadoria “força de trabalho” ao patrão, seja ele privado ou governo.
Como no sistema capitalista as suas leis são feitas para gerenciar os interesses do patrão e este sistema sobrevive da exploração do trabalho assalariado, quanto mais se retira conquistas dos trabalhadores, mais aumenta o lucro do patrão.
Nós, trabalhadores da Deso, no final dos anos 80, com o avanço da luta de classes, tivemos algumas conquistas, que pelo imediatismo da categoria, não se considerou naquele momento a importância das cláusulas conquistadas nos acordos coletivos, pois só estavam interessados em saber quanto foi índice de reajuste no salário. Passados os anos, observamos que a maior conquista daquela época não foram os reajuste salariais que tivemos, pois a inflação corroia o nosso salário, e sim algumas cláusulas como:
– O PCCS, que permite que de dois em dois anos o trabalhador tenha uma progressão na sua tabela salarial.
– O anuênio, que antes era triênio.
– Os adicionais de insalubridade e periculosidade, que foram implantados em várias unidades que não recebiam estes adicionais.
– O turno corrido de 6 horas.
Vivemos na atual conjuntura um refluxo da luta de classe por vários motivos, que não iremos abordar neste momento, mas que nesta conjuntura torna-se mais difícil a situação dos trabalhadores. Mesmo assim tivemos algumas conquistas que irão refletir no futuro.
Acordo Coletivo 2008
– Cláusula sétima – A Deso fornecerá a todos os seus empregados ticket/cartão alimentação no valor de R$ 100,00.
– Cláusula vigésima oitava – Auxílio educação para filho menor (nesta cláusula houve um avanço: antes era de 0 a 6 anos, e passou a ser de 0 a 10 anos).
Acordo Coletivo 2009
– Cláusula sétima – O cartão alimentação passou para R$ 300,00.
Acordo Coletivo – 2010
– Cláusula Quarta – Aumento real de 1%.
– Cartão Alimentação de R$350.
– Cláusula Oitava – Prêmio Permanência aos empregados da Deso admitidos a partir do ano de 2003.
– Cláusula décima quinta – Indenização por tempo de serviço. (houve avanço nesta cláusula, porque antes era 10, 12 e 15 salários-base. Passou a ser 10, 15 e 20 salários-base, mais incorporações, e mais 40% do saldo do FGTS para fins rescisórios, e mais aviso prévio.
– Cláusula vigésima oitava – Auxílio Educação passou de 0 a 10 anos para 0 a 12 anos.
Acordo Coletivo 2011
– Cláusula sexta – Cartão alimentação de R$ 400,00 (quatrocentos reais).
– Cláusula vigésima segunda – Anuênio (esta cláusula representa uma conquista e ganho real para os companheiros admitidos a partir de 2003, que até então não tinham direito a anuênio).
Sobre o Programa Habitação, mais uma conquista do Acordo Coletivo 2011/2012, o programa já se encontra na Intranet para o cadastro. E em breve um funcionário da Caixa Econômica vai estar no auditório da Deso para dar maiores esclarecimentos.
Mas a maior conquista dos trabalhadores será a sua união para a transformação da sociedade, pois eles não têm nada a perder, senão as suas correntes, como escreveu Marx e Engels no seu Manifesto Comunista.