ETA Cabrita é novamente invadida por meliantes
Como um filme de terror rodando em reprise constante, a situação de total insegurança de algumas Estações de Tratamento de Água se repete diante de uma “plateia” que insiste em ignorar o problema. Não passou-se muito tempo para que cenas de horror voltassem a acontecer em uma das nossas estações.
Na madrugada do dia 4 deste mês, a ETA da Cabrita foi novamente invadida por marginais. Além do terrorismo psicológico a que submeteram o vigilante de plantão, sob ameaça constante de ser alvejado por tiros, roubaram a sua arma e seu colete. Pelo que foi passado, o mesmo se encontra com o estado emocional bastante abalado, sem condições de voltar a trabalhar naquela estação.
Tudo isso é fruto da violência desenfreada que assola o país como um todo, disso todos sabemos. Mas a precariedade em que se encontram muitas unidades da DESO, com infraestrutura deficitária e que não dificulta o acesso de pessoas estranhas a esses locais, aliada à total falta de investimento num item primordial, que é a segurança, só piora a situação.
A presença física de um profissional de segurança habilitado, por si só, não é impedimento para que marginais venham a penetrar nas estações; mas é algo necessário. Reforçar essa presença como um dos itens de segurança é fundamental, mas é o que tem faltado nas estações.
Para piorar, sempre que se começa alguma reforma nas unidades, quando se concluem, deixam itens importantíssimos de fora, a exemplo das concertinas sobre os muros. Isso passa a impressão que a intenção da direção da DESO não é resolver o problema, e sim postergá-lo para um futuro sempre incerto. Não é assim que se deve dirigir uma grande companhia.