No SAAE de São Cristóvão, trabalhadores estão na pior

A data-base dos trabalhadores do SAAE de São Cristóvão é 1º de maio. No entanto, já são cinco anos sem ter aumento de salário e o papo é sempre o mesmo: o SAAE não tem condições financeiras para aumentar salários. Sequer a reposição da inflação é dada e, como se sabe, é lei pagar a reposição da inflação do período.

Como perguntar não ofende, será que os diretores do SAAE estão com o salário no valor de 2010? Claro que não! Todos sabem que tudo aumenta a cada ano. Nada está igual a 2010. E só os trabalhadores não tem reajuste? Aliás, alguns, porque outros poucos têm lá suas gratificações.

E não é verdadeiro dizer que o SAAE não tem condições de reajustar os salários dos trabalhadores. Senão, vejamos: neste momento, a Autarquia só tem 19 trabalhadores efetivos e, destes, a metade ganha pouco mais de R$ 900,00 e dois quinquênios. Os mais velhos, com mais de trinta anos, o salário é pouco mais de R$ 1.200,00 com três ou mais quinquênios.

E dizerem que não têm condições de reajustar salários tão baixos? Isso é querer tratar os trabalhadores como ingênuos. Segundo o Dieese, os trabalhadores  perderam, de maio de 2011 a maio de 2015, 30,5% dos seus salários.

Em meado de 2013, o SAAE chegou a contratar vários trabalhadores para atuarem na sede da Autarquia, e ainda contratou uma empresa por quase um milhão de reais para fazer cortes de água. Aí o dinheiro dava! Mas não conseguiram permanecer com o contrato graças a uma ação do Ministério Público Estadual.

 

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