O oportunismo que macula as relações de trabalho
Embora alguns considerem o oportunismo como uma vantagem do ser humano para sobressair-se sobre os demais, unicamente para alcançar objetivos pessoais previamente traçados, em meio aos trabalhadores, a pecha de oportunista soa como algo deplorável, sinônimo de mal caráter mesmo.
O trabalhador oportunista é aquele tipo capaz de fazer qualquer coisa para alcançar os seus objetivos, às vezes, até escusos. Uma vez empoderado no cargo que tanto almejava, começa a nutrir-se da lógica patronal, julgando-se um alto representante da Companhia. Daí começam os autoritarismos e as perseguições contra os que antes eram os seus companheiros de batente.
Trabalhadores que assim agem são de uma tremenda falta de conhecimento como de fato as coisas funcionam dentro da hierarquia de uma empresa. Hoje, ele e o seu “utilitarismo de capataz” são úteis para quem lhe indicou para o cargo, mas amanhã, como a história sempre nos mostra, ele pode cair do cargo e, fatalmente, voltará para o batente e se transformará em alguém desprezível, que simplesmente já contribuiu com a sua cota de submissão e covardia, num ambiente que podemos classificar como promíscuo pelos tipos de relacionamentos que se estabelecem.
Então, aconselhamos aos desavisados que anseiam enveredar-se por esses caminhos tortuosos a não caírem nesse jogo sujo, que só prejudica as relações entre companheiros de empresa.
Pensamos que a hombridade, a honradez, a retidão, o bom caráter e, mais que qualquer coisa, o espírito de solidariedade e igualdade devem sempre prevalecer entre os trabalhadores.