Reforma do escritório de Neópolis traz transtornos a funcionários e usuários
Seria um contrassenso do SINDISAN, depois de fazer dezenas e dezenas de denúncias da lastimável situação em que se encontra quase todos os escritórios e estações de tratamento de água em nosso estado, se opor a qualquer tipo de reforma iniciada pela DESO. Porém, o que observamos e criticamos é a forma atabalhoada com que algumas dessas reformas estão sendo efetuadas, o que leva a crer que não houve programação alguma para que se iniciassem os serviços.
Podemos citar aqui a reforma do escritório da cidade de Neópolis, que foi iniciada sem que houvesse o deslocamento dos funcionários para outro local, a fim de darem continuidade ao serviço de atendimento ao público. Em consequência disso, pode se verificar, no local, trabalhadores da empreiteira que ganhou a licitação derrubando paredes, batendo marretas, em meio a uma nuvem de pó, junto com o barulho terrível de demolição; tudo se misturando aos clientes e funcionários, já que todos compartilham do mesmo ambiente, o que é passível até mesmo de ocorrer um acidente. Esse tipo de procedimento é inadmissível nos dias atuais.
Funcionários, clientes e os próprios trabalhadores da obra não deveriam passar por esta situação. Há que se questionar a quem cabe a responsabilidade sobre esse tipo de procedimento, que depõe contra a imagem da DESO. Ou alguém acredita que os clientes que chegam ao escritório de atendimento e passam por essa situação gostam e saem de lá elogiando a Companhia?
Escritório de Carira
A situação do Escritório da DESO na cidade de Carira, dentre todos que se encontram em terrível situação de abandono, aparece como um dos mais preocupantes. Atendendo a uma vasta região do Sertão, aquele escritório, desde a sua inauguração, nos anos 70, jamais recebeu sequer uma pintura a base de cal. Como consequência, é o próprio retrato do desprezo com o patrimônio da Companhia.
Uma parcela da população da região, indignada pela falta de informações dos responsáveis da DESO, procuram as emissoras de rádio para reclamar; já outra parte, vendo o escritório em estado de abandono, está usando-o à noite como depósito de lixo e sanitário público, causando um mal-estar tremendo aos funcionários e aos usuários que se dirigem àquele escritório.
O SINDISAN teve conhecimento de que, brevemente, será iniciada uma reforma total daquela unidade. É torcer para que tudo se concretize da forma mais rápida possível. O que não se pode conceber e nem permitir é que uma situação daquelas seja vista como algo normal e aceitável.
Situações críticas como essa atingem negativamente o nome da DESO, não da empresa privada que está realizando a obra. Então, fica o alerta aos senhores administradores: é preciso mais planejamento e exigir das contratadas observâncias mínimas de controle nas intervenções que afetam trabalhadores e clientes, como no caso do Escritório de Neópolis. É preciso mais critério ao tomar decisões que afetam diretamente a vida dos outros.
Há que se louvar a iniciativa do começo das tão esperadas reformas nas unidades da DESO, porém, deve-se analisar cada caso e ver a melhor forma de operacionalizar essas reformas.