Trabalhadores e SINDISAN se reúnem para debater PPP’s e privatizações
No último dia 3/4, trabalhadores da Regional Sul convidaram a direção do SINDISAN para dar maiores esclarecimentos sobre o que são parcerias público-privadas (PPP’s), privatização e a situação do setor de saneamento no Brasil.
No início da reunião, logos após os informes da categoria, foi feita uma análise da conjuntura nacional e internacional sobre o ponto de vista dos trabalhadores, deixando claro que a crise que afeta o país tem origem nas grandes economias mundiais e centro do capitalismo – Estados Unidos, Alemanha, Japão, China, França, Inglaterra e Itália; sendo que essas crises do sistema capitalista são cíclicas e inevitáveis, porque elas acontecem não por falta de matérias-primas, tecnologia ou desenvolvimento das ciências, mas por excesso de produção, que não existe para satisfazer as necessidades da humanidade, mas para gerar lucro para uma pequena quantidade de grandes empresas que dominam a economia global.
Por isso elas estão em todos os lugares e cada vez mais precisam de novos mercados. Neste sentido, essas grandes empresas globais estão de olho também no setor de saneamento básico, que é muito rentável.
No debate surgiram propostas para que os trabalhadores, junto com o Sindicato, procurem as Câmaras de Vereadores, Clubes de Diretores Lojistas, a Igreja, Rotary Club, associações de meio ambiente para tentar convencer a sociedade de que, privatizando o setor de saneamento, nas periferias das grandes cidades e nas comunidades mais pobres do interior, a população será penalizada porque muitas pessoas não terão condição de pagar os custos da conta, que certamente deverá se elevar, além da tarifa social deixar de atendar as camadas mais pobres. Isso já está acontecendo em algumas regiões do país.
Ficou definido que no sábado, dia 16/4, a partir das 9 horas, faremos outra reunião e, todos que estavam presentes na primeira assumiram o compromisso de convencer mais companheiros a participarem, pois neste momento, pelo desmonte que vem acontecendo com a DESO ao longo dos anos, governo após governo, a população não está do lado dos trabalhadores da Companhia.
A hora é de refletir e de ir à luta em defesa da DESO e dos seus trabalhadores. Vamos à luta!