Unidos, trabalhadores param a DESO
Novos e antigos funcionários da Companhia participaram junto com o sindicato da paralisação e ato em resposta à falta de negociação
O ato que paralisou a DESO no Dia 1º de novembro de 2011 ficará registrado na história dos trabalhadores como mais um dia de luta, entre tantos e também históricos, organizados pelo SINDISAN, que juntamente com toda a categoria, ousou parar as atividades da empresa em resposta pela falta de negociação da direção à pauta da categoria, entregue no dia 5 de outubro, e até agora, o governo não apresentou qualquer proposta para os trabalhadores.
Vários companheiros e companheiros, novos e mais antigos, se uniram num ato que deu o que falar na imprensa local, que cobriu em peso a manifestação. O SINDISAN e os trabalhadores da DESO também contaram com o apoio de outros sindicatos, como o Sindimina e o Sindijor, e também da Central Única dos Trabalhadores.
“Como bem sabemos, já aconteceu de fecharmos acordo apenas em abril do ano seguinte, mas esperamos que dessa vez seja diferente. Por isso vamos pressionar cada vez mais para que as negociações comecem já”, avisa o presidente Sérgio Passos.
No último dia 31/10, o sindicalista assinou o Termo de Prorrogação do Acordo Coletivo, que tem validade até a assinatura do próximo acordo. “As reclamações da categoria ainda são as mesmas e precisam ser atendidas, e a empresa está adiando essa negociação”, acusa Sérgio.
REIVINDICAÇÕES
A categoria reivindica Plano de Cargos, Carreira e Salários, além do anuênio que inclua os funcionários recém-contratados no último concurso; reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é de pouco mais de 7%, mais ganho real de 6%; ticket alimentação de R$ 600.
É bom lembrar, dos 601 funcionários que entraram no último concurso, 250 já saíram da DESO, e a maioria saiu por falta de motivação, pois não vêem perspectiva de melhoria na empresa.
E a luta vai continuar. Enquanto a direção da DESO, que informou ter passado a pauta de reivindicação da categoria para os secretários de governo responsáveis – João Andrade (Fazenda), Oliveira Júnior (Administração), Sérgio Ferrari (Seinfra), e outros –, e até agora nenhuma contraproposta foi apresentada.
Por deliberação da categoria, paralisações progressivas serão realizadas na DESO até que a pauta dos trabalhadores seja atendida. Caso não seja, uma GREVE GERAL não está descartada.
Em ofício enviado ao Sindicato, o presidente da DESO informou que está discutindo a pauta e seus impactos com o Conselho Administrativo, e que na sexta-feira 11, novamente se reúnem para apresentar uma posição concreta ao Sindicato e à categoria.