1º de Maio é dia de tomar as ruas na defesa do trabalhador
Está se aproximando o 1º de maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, e não do Dia do Trabalho, como a burguesia gosta de divulgar. Neste momento, em que o Brasil passa por uma das maiores crises da sua história e a classe trabalhadora é atacada em seus direitos históricos por um governo neoliberal, elitista, golpista e entreguista, é bom fazer uma análise mais aprofundada de como funciona a sociedade.
As crises do sistema capitalista são cíclicas e inevitáveis, pois elas acontecem não por falta de matérias-primas ou pelo desenvolvimento das ciências e tecnologias. Elas acontecem porque a produção não é para satisfazer as necessidades dos seres humanos, mas para o mercado, para a geração de lucro. Mesmo que se produza muito, se essa produção fosse distribuída igualmente, socializada, teríamos alimentos, moradia, bens de consumo, educação e saúde para todos. Não seria um problema como é hoje, mas solução.
A grande contradição do sistema capitalista é que a produção é socializada, mas a apropriação é privada; ou seja, aos trabalhadores, que produzem todas as riquezas, é dado apenas o mínimo necessário para sobreviverem e continuarem produzindo, fornecendo mais força de trabalho para os capitalistas, numa ciranda contínua de exploração e expropriação.
Diante dessas crises, o Estado burguês, que gerencia os interesses dos grandes capitalistas – banqueiros, industriais e empresários – necessita de reformas, de tempos em tempos, para retirar direitos dos trabalhadores, conquistados sempre com muita luta, a fim de gerar mais lucros para a classe empresarial.
Por isso o atual governo e o Congresso Nacional aprovaram a reforma Trabalhista, para aumentar os lucros dos empresários. E ainda querem aprovar a Reforma Previdenciária, para aumentar os lucros das empresas de previdência privada.
Portanto, o capitalismo é, na verdade, o responsável direto por todas as mazelas do mundo – guerras, fome, violência, desigualdades sociais. E o 1º de Maio é dia de os trabalhadores e trabalhadoras não ficarem em casa, mas irem às ruas para denunciar todas essas mazelas e lutar por garantia dos atuais direitos e a ampliação deles. Dia 1º de maio é dia de mostrar à sociedade que é possível construir um mundo melhor, com distribuição de renda e mais solidariedade entre os povos.