Entra eleição, sai eleição e o jogo do ‘apadrinhamento’ continua na Deso

Lamentável ver a DESO se transformar num verdadeiro balcão de negociatas. Quem tem padrinho político, tudo pode, mesmo que não preencha os requisitos necessários para assumir determinada função. Pré-requisitos passam a ser irrelevantes; o que importa mesmo é ter as ‘costas quentes’, ser ‘muy amigo’ de algum político das hostes do governo que lhes dê uma confortável proteção.

Passam até por cima de normas estabelecidas ou desconfiguram-na para que tudo se molde ao perfil do seu protegido. Enquanto isso, a Companhia míngua por falta de profissionais técnicos nos locais exatos, pois os técnicos existentes na DESO são colocados de escanteio por não contar com alguém que interceda por eles.

Muitos têm anos e anos de conhecimentos técnicos acumulados, comprovadamente reconhecidos por todos, porém, sem valor algum aos olhos dos políticos que dão as cartas dentro da Companhia. É triste ver tudo isso acontecer sob os olhos de todos e muitos acharem tratar-se de uma normalidade.  E como diz um velho colega deseano, “na DESO, cada cãozinho manda um pouquinho”.

Coisas dessa natureza acontecem desde os primórdios da Compa-nhia. É importante acreditar e defender que isso um dia pode ser mudado.

Mas, pelo visto, não será desta vez, pois quem está no comando quer resultados para o seu grupo político, e danem-se as normas vigentes ou conceitos de moralidade pública e excelência nos serviços; querem apenas os dividendos políticos, pois avizinha-se mais uma eleição. E é nessas horas que os interesses desses políticos tipo “aves de rapina” afloram. O resto, são apenas detalhes insignificantes.

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