Os 100 anos da Revolução Russa
Há 100 anos, com uma grande crise do sistema capitalista, o cenário era o da I Guerra Mundial. Na Rússia, o Czar retirava direitos dos trabalhadores; no campo, os camponeses viviam com se fosse na Idade Média, empobrecidos.
Nas fábricas, os operários se manifestavam com greves, reivindicando melhores salários e condições de trabalho, mas eram fortemente reprimidos.
Sob orientação do Partido Revolucionário do Proletariado (Partido Bolchevique), os operários e camponeses, unidos, tomaram o poder, derrubando o Czar e o seu governo sanguinário, estabelecendo um Estado Socialista, onde os meios de produção passaram a pertencer ao Estado.
Foi uma tentativa de construir uma sociedade justa e igualitária, sem explorados nem exploradores. Quando a imprensa burguesa coloca que Rússia, China, Cuba e outros são países “comunistas”, trata-se de uma grande mentira, pois nenhum desses países conseguiu implantar um Estado Comunista. Foram tentativas de Estado Socialista, que é uma transição para a sociedade Comunista.
A Revolução Russa contribuiu para a mudança no cenário geopolítico mundial, melhorou muito as condições de vida do operariado e campesinato russos. Do outro lado, surgiu, na Europa, o chamado Estado do Bem-Estar Social, numa espécie de competição com o Estado Socialista Russo.
No Brasil, foram várias as greves operárias que forçaram o governo de Getúlio Vargas a implantar a Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT.
E hoje, com a atual crise do sistema capitalista, as condições objetivas de uma revolução mundial do proletariado estão dadas.
Nenhuma direito a menos. Viva os trabalhadores de todo o mundo que produzem toda a riqueza da humanidade!
Vamos à luta!
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*Sérgio Passos é ex-presidente do Sindisan e, atualmente, Secretário Geral do sindicato.