Servidores da Cohidro cruzam os braços
Indignados com a atual direção da Cohidro, que não abre um canal de negociação, e apreensivos com a situação que estão vivendo, os servidores da companhia, mobilizados pelo Sindicato, cruzaram os braços na manhã da terça-feira, 21. O ato, que contou com o apoio de dirigentes do Sindisan – o presidente, Sérgio Passos esteve presente – e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), teve a finalidade de alertar a sociedade e o Governo do Estado sobre o corte de salários dos servidores.
O Sindisan tem tentado de todas as formas negociar com a direção da empresa uma saída alternativa para o problema, mas tem esbarrado na falta de vontade política do presidente, Osvaldo Nascimento, que quer porque quer cortar os salários, com a desculpa de que está atendendo à orientação do Tribunal de (faz de) Contas do Estado e de ordem judicial.
Mas a Justiça do Trabalho em nenhum momento determinou que houvesse cortes nos salários dos Trabalhadores. Apenas em primeira instância, o juiz, ao analisar ação proposta pelo Sindisan, tombada com o número 00110-2008-001-20-00-4, julgou improcedentes os pedidos formulados. O Sindicato, não satisfeito, apresentou recurso para o Tribunal Regional do Trabalho, estando o processo ainda em análise, não havendo nenhuma decisão final, podendo chegar até o Supremo Tribunal Federal, em Brasília, por se tratar de matéria de ordem constitucional.
Portanto, não há qualquer ordem judicial determinando a imediata redução nos salários dos servidores.
“O trabalhador não pode ser penalizado por algo que vem sendo pago há cinco anos, por erro de administração passada. Se há problemas, vamos analisar caso a caso”, diz o presidente do Sindisan.
A mobilização dos servidores no pátio da Cohidro foi bastante positiva, chamando a atenção da imprensa local, que se fez presente levando o drama vivido pelos trabalhadores à sociedade.
Neste sentido, a avaliação é de que o ato atingiu o seu objetivo. Novas ações estão sendo agendadas pelo Sindicato para tentar sensibilizar a direção da Cohidro e o “Governo das Mudanças” para o diálogo.