Sindisan aprova duas moções importantes na 17ª Plenária Estadual da CUT

Uma das moções repudia o processo de privatização do saneamento e outros serviços públicos em Sergipe; e a outra denuncia ataques à autonomia da FNU

Durante a 17ª Plenária Estadual da CUT Sergipe, que aconteceu nos dias 25 e 26 de julho e reuniu delegados e delegadas de sindicatos cutistas de todo o estado, os representantes do SINDISAN apresentaram duas moções importantes à plenária que foram aprovadas por unanimidade.

A primeira moção manifestou repúdio ao processo de privatização que avança em Sergipe, especialmente no setor de saneamento (leia na íntegra aqui). A Moção aponta que sob a falsa promessa de modernização e melhoria de investimentos, o governo Mitidieri entregou a água dos sergipanos ao capital privado, tornando a população reféns da Iguá Saneamento, uma empresa que visa unicamente o lucro. A Moção lamenta, ainda, que desde a privatização, nenhum investimento relevante tenha sido efetivamente realizado e que a promessa de geração de mais de 7 mil empregos está longe de ser cumprida.

Ainda no documento aprovado, os delegados e delegadas da plenária denunciam o papel do de apoio às privatização desempenhado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que, com a anuência do poder legislativo sergipano, o governo Mitidieri tem aprovado verdadeiros “cheques em branco”, que vão desde a privatização de patrimônios imateriais de Sergipe até a contração de vultosos empréstimos para a implementação de PDVs no estado, “abrindo cada vez mais as portas do serviço público ao capital privado, sufocando-o, precarizando a economia de Sergipe com a criação de subempregos e a proliferação de “cabides eleitorais”, além de intensificar a terceirização e a privatização de serviços essenciais”.

Ataques à FNU

A outra Moção apresentada pelo SINDISAN e aprovada pela plenária repudia às recentes atitudes da CUT Nacional em relação à Federação Nacional dos Urbanitários – FNU (leia na íntegra aqui). A Moção denuncia que, nos últimos meses, a FNU tem sido alvo de interferências políticas e financeiras indevidas por parte da CUT Nacional, que, em vez de atuar como aliada estratégica do movimento sindical urbanitário, tem adotado posturas que enfraquecem a autonomia da Federação, comprometem sua capacidade de organização e prejudicam diretamente sua atuação em lutas históricas, como a resistência à privatização dos serviços de saneamento e energia.

O documento aponta, ainda, que essas práticas atentam contra o princípio da democracia sindical, da liberdade de organização e da construção coletiva. “Enfraquecer a FNU é, objetivamente, enfraquecer a luta dos trabalhadores(as) urbanitários e comprometer os avanços conquistados com décadas de resistência e mobilização social”, destaca a Moção, que foi aprovada por unanimidade.

Share this post