Novo assalto à ETA de Propriá e o clima de terror na unidade

 Passado pouco mais de um mês do fatídico assalto praticado por marginais contra os colegas que trabalham na ETA de Própria, eis que no dia 15/9, exatamente às 22 horas, um novo assalto voltou a acontecer nas dependências daquela unidade.

Só que, desta vez, a coisa tomou dimensões nunca antes imaginada por qualquer trabalhador.

Os marginais, portando armas de grosso calibre, tipo escopeta, renderam os dois trabalhadores do horário, agindo com extrema violência e ferocidade, ultrajando a todo o tempo os colegas com palavrões, ameaçando-os de morte durante toda a ocorrência, ao mesmo tempo em que seus comparsas quebravam todo o material de análise da estação, chegando a furar os pneus da moto que pertence ao trabalhador. De prejuízo material, os colegas perderam um televisor comprado por eles, celulares, dinheiro, capacete de motoqueiro, entre outros pertences.

Apesar de passarem por esses momentos agonizantes e terríveis que ninguém quer passar, assim como da outra ocorrência, com exceção do supervisor de operações, que inclusive foi quem acionou a polícia, nenhum “chefe superior” ligado à área de Operação da DESO apareceu no local da ocorrência para saber da real situação dos colegas envolvidos no caso.

Parece que estes ditos “chefes” só existem para receber seus contracheques recheados de horas extras e também esmiuçar picuinhas irrelevantes e improdutivas contra este ou aquele trabalhador que ousa em não rezar em sua cartilha.

O SINDISAN, imediatamente depois do assalto anterior, protocolou documento na DESO exigindo ações imediatas para que se coibissem atos que atentassem contra a vida de qualquer trabalhador. Parece que para retaliar os trabalhadores, e alegando contenção de despesas, a DESO fez foi extinguir vários postos de vigilância em suas unidades no estado afora.

Estamos novamente mandando oficio a direção da DESO para que tome as necessárias providências; ao mesmo tempo, entraremos com uma ação judicial junto ao Ministério Público, contra a Companhia, para que os seus diretores assumam de fato as suas responsabilidades.

O SINDISAN presta a sua total solidariedade aos companheiros envolvidos nesse triste acontecimento e, ao mesmo tempo, lamenta que, para que as coisas transcorram de forma correta e transparente, seja preciso recorrer aos tribunais.

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