Contribuição assistencial é essencial para a luta
O ano de 2022 ainda será muito difícil para os trabalhadores brasileiros. Estaremos ainda sob a batuta do governo privatista de plantão, que seguirá gerenciando os interesses do grande capital, dos banqueiros, das multinacionais e nunca, mas nunca mesmo, os interesses da classe trabalhadora. Eles seguirão retirando direitos e ameaçando as conquistas que ainda restam. Não há outro caminho para os trabalhadores senão fortalecer os seus sindicatos, instrumentos de enfrentamento e de luta coletiva contra as políticas que atacam e destroem direitos.
É como diz aquela máxima: “andorinha só não faz verão”. E, certamente, para os trabalhadores e trabalhadoras do saneamento, o desafio de barrar o projeto de privatização das companhias públicas do setor seguirá este ano. E não tem milagre: é ir para o enfrentamento mesmo. E não se faz luta sem recursos.
Neste sentido, na assembleia dos trabalhadores da DESO realizada no dia 27/11/2021, foi aprovada pela maioria dos presentes a contribuição assistencial de 3% sobre o salário-base em três parcelas (1% a cada mês), a serem pagas a partir do mês de maio. O fim do Imposto Sindical, embora fosse uma reivindicação das centrais sindicais, retirou parte do poder de fogo dos sindicatos combativos, que dispunham desse imposto para manter as suas atividades de luta, como o SINDISAN, que sempre fez uso desse recurso dos trabalhadores para fortalecer o sindicato, na luta contra a privatização e contra a retirada de direitos da categoria, bem como em apoio a outras entidades de classe e à luta geral da classe trabalhadora.
Certo é que trabalhador que se opõe à Contribuição Assistencial faz o jogo dos patrões e dos governos de plantão, que querem nos destruir, além de estar dando um tiro no próprio pé. A garantia do emprego, da renda, dos direitos conquistados e a campanha contra a privatização das companhias de saneamento exigirão recursos. Se não são os trabalhadores a financiarem a sua própria luta, não serão os patrões que o farão!